domingo, 6 de novembro de 2011

Obreiros

“Procura apresentar-te a Deus
aprovado como obreiro que não
tem de que se envergonhar.”
– Paulo
 (II Timóteo, 2:15)

   Desde tempos imemoriais, idealizam as criaturas mil modos de se apresentarem a Deus e aos seus mensageiros.
   Muita gente preocupa-se durante a existência inteira em como talhar as vestimentas para o concerto celestial, enquanto crentes inumeráveis anotam cuidadosamente as mágoas terrestres, no propósito de desfiá-las em rosário imenso de queixas, diante do Senhor, à busca de destaque no mundo futuro.
   A maioria dos devotos deseja iniciar a viagem, além da morte, com títulos de santos; todavia, não há maneira mais acertada de refletirmos em nossa posição, com verdade, além daquela em que nos enquadramos na condição de trabalhadores.
   O mundo é departamento da Casa Divina.
   Cátedras e enxadas não constituem elementos de divisão humilhante, e sim degraus hierárquicos para cooperadores diferentes.
   O caminho edificante desdobra-se para todos.
   Aqui, abrem-se covas na terra produtiva, ali, manuseiam-se livros para o sulco da inteligência, mas o espírito é o fundamento vivo do serviço manifestado.
   Classificam-se os trabalhadores em posições diferentes, contudo, o campo é um só.
   No centro das realidades, pois, não se preocupe ninguém com os títulos condecorativos, mesmo porque o trabalho é complexo, em todos os setores de ação dignificante, e o resultado é sempre fruto da cooperação bem vivida. Eis o motivo pelo qual julgamos com Paulo que a maior vitória do discípulo será a de apresentar-se, um dia, ao Senhor, como obreiro aprovado.


(Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

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