segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Finados a Luz do Espiritismo

O culto aos mortos é uma prática das mais antigas e fundamentada em quase todas as religiões, pois esteve inicialmente ligada aos cultos agrários e da fertilidade, onde acreditavam que, como as sementes, os mortos eram sepultados com vistas à ressurreição, o retorno à vida que deveria surgir de algo oculto e misterioso. Com essa crença, os antigos festejavam o dia dos mortos junto aos túmulos, com banquetes e alegria, costume ainda usado em certas culturas do planeta.
Retrocedendo no tempo, encontra-se na História, o registro de que a filosofia dos druidas, na antiga Gália, deu origem às novas escolas espiritualistas, dentre elas a Doutrina Espírita, pois também cultuava o sentido da infinidade da vida, as existências progressivas da alma e a pluralidade dos mundos habitados; além do mais, a raça gaulesa tinha conhecimento dos mistérios do nascimento e da morte.
Assim, a comemoração dos mortos foi de iniciativa gaulesa, pois comemoravam a Festa dos Espíritos, não nos cemitérios – os gauleses não honravam os cadáveres – mas sim, em cada habitação, onde evocavam as almas dos defuntos.
Entretanto, um nevoeiro denso caiu sobre a terra das Gálias, através da mão brutal de Roma que expulsou os druidas e introduziu o Cristianismo eclesiástico da época, que também foi combatido pelos bárbaros, sobrevindo uma noite de dez séculos, chamada Idade Média, que obscureceu o espiritualismo e fez eclodir a superstição e o fanatismo no ser humano.
Foi somente no século X que a Igreja Católica instituiu oficialmente o dia dos mortos em 02 de novembro. Atualmente, esta data transcendeu o lado religioso, passando mais para o lado emotivo e comercial, quando ocorre grande comercialização de flores e velas e a preocupação maior com a conservação dos túmulos, os quais, muitas vezes, ficam o ano inteiro esquecidos e abandonados. Entre os sentimentos internos e as práticas externas, entre os conhecimentos novos da espiritualidade e o comodismo da prática exterior, o Homem procurou o lado mais cômodo para si, arraigando-o ao formalismo material e desprezou a realidade espiritual, razão que fez Jesus assim se expressar aos escribas e fariseus da sua época: “sois semelhantes aos sepulcros caiados (pintados de cal), que por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda espécie de podridão” (Mateus 23:27).
O Espírito, ao desligar-se do corpo físico, conserva a mesma personalidade, os mesmos defeitos e qualidades, méritos e deméritos, não havendo assim com a morte física qualquer transformação do Espírito, somente a transformação vibratória da sua nova vivência.
Agora questionamos, o dia 02 de novembro será consagrado aos mortos que se foram, ou aos que ficaram na carne? Existem duas categorias de mortos, os assim considerados por ter deixado a vestimenta carnal e os que ainda continuam vivendo encarnados, mas mortos para a vida espiritual, pois somente vivenciam a vida animal. Para o mundo, mortos são os que despiram a carne; para Jesus, são os que vivem imersos na matéria, alheios à vida primitiva que é a espiritual. É o que explica aquele célebre ensinamento evangélica, em que a pessoa prontificou-se a seguir o Mestre, mas antes queria enterrar seu pai que havia falecido, e Jesus conclamou: “Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos, tu, porém, vai anunciar o Reino de Deus”.
Assim, com a fé que as religiões pregam com respeito a vida futura e com a certeza advinda pela Doutrina Espírita, pode-se afirmar que os mortos são realmente os que habitam a crosta terrestre, enraizados na matéria e nos vícios, e não os vivos que povoam o Mundo Espiritual, ficando assim designados: mortos-vivos, os que habitam os páramos da Luz; vivos-mortos, os que se acham inumados na carne.
No entanto, esse culto de visitação aos túmulos, essas manifestações de choro e desespero junto aos sepulcros dos mortos, denotam ainda um instinto confuso da imortalidade da alma, mesmo naqueles que se elegem como cristão.
Todavia, se a morte bate à tua porta, aceite-a como algo natural, como um dos ciclos de uma vida (material ou espiritual) que se cumpre, não esquecendo que os corpos são criações do próprio homem, por isso são mortais.
Sentenciados à morte estão todos os homens, no entanto, destinados à imortalidade, logo, morrer, é assumir a imortalidade que permanece no corpo físico ou fora dele, e bem afirma o padre Leonardo Boff, “os mortos são apenas invisíveis, mas não ausentes”.
Tudo no Universo e na Natureza acontece na base de ciclos e, segundo o preclaro Pietro Ubaldi, “tudo que começa tem fim e tudo o que tem fim, recomeça, como também, tudo que nasce, morre, e tudo que morre, renasce”.
Acrescentamos ainda que a existência física, por mais longa que seja, é sempre tempo breve na contagem eterna e, por isso, deve-se viver de tal maneira que possamos desencarnar a qualquer instante, sem aflições e sem desequilíbrio, lembrando, que contrário de morte não é vida, mas sim, nascimento, e em Eclesiastes 7:1, confirma-se: “é melhor o dia da morte do que o dia do nascimento”. Encaminhando para o encerramento, registramos a passagem evangélica em que Maria de Magdala, ao visitar o túmulo do Mestre querido, surpresa, encontrou-o vazio, e saindo do recinto, encontrou-O nimbado de claridade, dizendo: Maria, sou eu. Assim, demonstrou que não devemos procurar os mortos nas sepulturas, mas sim, os vivos, pois a morte do corpo físico não consegue destruir a vida. Por fim, Emmanuel afirma: “da morte podemos escapar, mas da vida, ninguém fugirá jamais”.


João Demétrio (extraído da Fundação Espírita André Luiz)

sábado, 22 de outubro de 2011

Aborto, Não!




Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz:

- Doutor, o senhor terá que me ajudar num problema muito sério… Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro…
O médico então perguntou: Muito bem. O que a senhora quer que eu faça? A mulher respondeu:
- Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda. O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a
mulher
- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora. A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.
Ele então completou: Veja bem minha senhora, para não ter que ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, a senhora poderá descansar para
ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá
nenhum risco…
A mulher apavorou-se e disse: Não doutor! Que horror! Matar um criança é um crime.
- Também acho minha senhora, mas me pareceu
tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la. O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.


O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!!
Autor Desconhecido

sábado, 15 de outubro de 2011

Espiritismo

Espiritismo é uma luz
Gloriosa, divina e forte,
Que clareia toda a vida
E ilumina alem da morte.

É árvore verde e farta
Nos caminhos da esperança,
Toda aberta em flor e fruto
De verdade e de bonança.

É uma fonte generosa
De compreensão compassiva,
Derramando em toda parte
O conforto d Água Viva.

É a claridade bendita
Do bem que aniquila o mal,
O chamamento sublime
Da vida espiritual.

É o templo da Caridade
Em que a Virtude oficia,
E onde a benção da Bondade
É flor de eterna alegria.

Se buscas o Espiritismo,
Norteia-te em sua luz:
Espiritismo é uma escola,
E o Mestre Amado é Jesus.

Espírito Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier
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